No universo dos investimentos e da administração pública, a promessa de superação dos benchmarks é frequente. Ainda assim, o fenômeno da performance inferior é observado com regularidade, seja em fundos financeiros ou em órgãos governamentais.
Este artigo explora o contexto brasileiro de 2025, compara resultados de gestores profissionais com índices de referência e apresenta desafios, tendências e ferramentas que ajudam a entender por que nem sempre esses profissionais vencem o índice.
Gestores profissionais são especialistas responsáveis pela alocação de recursos em fundos de investimento e carteiras administradas. Eles seguem mandatos rigorosos, prazos e políticas internas.
Os benchmarks — como Ibovespa, S&P 500 ou CDI — servem como ponto de comparação objetivo. Um índice reflete o desempenho agregado de ativos e funciona como uma referência para avaliar a eficácia das decisões de um gestor.
Em mercados maduros, estudos apontam que entre 70% e 90% dos fundos de renda variável perdem para o índice de referência em horizontes de três a cinco anos. No Brasil, o cenário não é diferente.
A despeito do otimismo de 72% das organizações em relação às oportunidades de negócios em 2025, há barreiras que afetam o desempenho:
Vários fatores contribuem para esse fenômeno:
No contexto brasileiro para 2025, além do otimismo empresarial, nota-se que:
Esses percentuais refletem médias apontadas por consultorias. Eles evidenciam como é desafiador manter consistência superior ao índice em longo prazo.
Na esfera pública, o Índice CFA de Governança Municipal (IGM-CFA) permite comparar a qualidade de governança dos municípios em relação à média nacional.
Assim como em fundos de investimento, muitos municípios apresentam performance abaixo do benchmark, enfrentando restrições orçamentárias, falta de pessoal capacitado e processos lentos.
Para 2025, algumas tendências podem ajudar gestores a melhorar seus resultados:
Essas iniciativas podem reduzir custos, otimizar processos e, consequentemente, elevar as chances de superar o benchmark.
Investidores e gestores públicos podem adotar mecanismos de controle e análise:
Essas ferramentas oferecem transparência, justificam custos e direcionam esforços para áreas que necessitam de melhoria.
A dificuldade dos gestores profissionais em romper consistentemente a barreira do índice é resultado de fatores estruturais, como custos, eficiência do benchmark e escassez de talentos.
No entanto, o cenário brasileiro em 2025 aponta para um momento fértil de inovação. O uso estratégico de tecnologia, aliado a melhores práticas de governança e desenvolvimento de pessoas, pode transformar esse panorama.
Para investidores e gestores, a lição é clara: além de selecionar bons profissionais, é imprescindível acompanhar de perto o desempenho em relação ao índice de referência e adotar ferramentas que promovam maior agilidade e transparência.
Somente assim será possível reduzir a lacuna entre gestão ativa e benchmark, alcançando resultados mais sólidos e consistentes no longo prazo.
Referências