Manter uma carteira saudável exige mais do que monitorar ações; é fundamental revisar também cada classe de ativos de renda fixa.
O rebalanceamento de carteira consiste no ajuste periódico das alocações para restaurar proporções definidas pelo investidor.
Com o tempo, o desempenho distinto entre renda variável e renda fixa cria desequilíbrios na distribuição. Se a estratégia original for 70% em renda fixa e 30% em ações, uma valorização expressiva dos papéis pode alterar para 60%/40% sem que o investidor deseje assumir maior risco.
Ao rebalancear, muitos concentram-se apenas em ações e fundos, mas ignorar a renda fixa pode resultar em perda de oportunidades e desalinhamento de risco.
Para garantir equilíbrio, avalie periodicamente cada um dos seguintes produtos:
Cada título traz indexadores distintos — Selic, CDI, IPCA ou TR — que influenciam liquidez, volatilidade e proteção contra a inflação.
Ao analisar cada título, é crucial ponderar sobre:
Além dos indexadores, avalie o prazo, risco de crédito e custos envolvidos:
Defina critérios claros para atuar na carteira:
As estratégias práticas envolvem vender títulos superavitários ou aportar em classes subalocadas, sempre ponderando custos de resgate antecipado, como IR e IOF.
Quando o investidor revisa suas metas, o rebalanceamento deve acompanhar:
Quem se aproxima da aposentadoria tende a aumentar a fatia conservadora, reduzindo exposição a ativos voláteis e ampliando posições em títulos prefixados ou Selic.
Já investidores buscando crescimento podem diminuir a parcela de renda fixa ou diversificar em debêntures de empresas sólidas, aproveitando prêmios de crédito.
Incluir a renda fixa no rebalanceamento traz benefícios claros:
Uma revisão eficaz requer cuidado para não cometer erros comuns:
Evite giro excessivo, pois as taxas e impostos podem corroer ganhos. Não reaja a ruídos de curto prazo sem que haja alteração estrutural na estratégia definida.
As carteiras recomendadas costumam manter entre 40% e 80% em renda fixa, conforme o perfil e o ciclo econômico.
Vale lembrar que o investimento mínimo em Tesouro Direto ronda R$ 30 e, em 2025, a Selic estava em 10,5% ao ano, com prêmios de 5% a 6% acima da inflação para títulos IPCA+.
Rebalancear a carteira incluindo a revisão de títulos de renda fixa é garantindo não apenas o ajuste oportuno das alocações, mas também a saúde financeira e a tranquilidade perante cenários adversos.
Referências