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Rebalancear a carteira inclui revisar os títulos de renda fixa

Rebalancear a carteira inclui revisar os títulos de renda fixa

05/07/2025 - 21:07
Fabio Henrique
Rebalancear a carteira inclui revisar os títulos de renda fixa

Manter uma carteira saudável exige mais do que monitorar ações; é fundamental revisar também cada classe de ativos de renda fixa.

O que é rebalanceamento de carteira?

O rebalanceamento de carteira consiste no ajuste periódico das alocações para restaurar proporções definidas pelo investidor.

Com o tempo, o desempenho distinto entre renda variável e renda fixa cria desequilíbrios na distribuição. Se a estratégia original for 70% em renda fixa e 30% em ações, uma valorização expressiva dos papéis pode alterar para 60%/40% sem que o investidor deseje assumir maior risco.

Por que revisar títulos de renda fixa é essencial?

Ao rebalancear, muitos concentram-se apenas em ações e fundos, mas ignorar a renda fixa pode resultar em perda de oportunidades e desalinhamento de risco.

  • Mudanças nas taxas de juros, como a Taxa Selic, afetam diretamente a rentabilidade dos títulos.
  • Alterações no perfil do investidor, tornando-o mais conservador ou mais agressivo, demandam ajustes em títulos de renda fixa.
  • Manter posições desatualizadas pode levar a investimentos menos rentáveis quando novas opções se tornam disponíveis.

Principais títulos de renda fixa a serem revisados

Para garantir equilíbrio, avalie periodicamente cada um dos seguintes produtos:

  • Tesouro Direto (Selic, IPCA+ e Prefixado)
  • CDB (Certificado de Depósito Bancário)
  • LCI/LCA (Letras de Crédito Imobiliário e Agrícola)
  • Debêntures
  • Fundos de renda fixa

Cada título traz indexadores distintos — Selic, CDI, IPCA ou TR — que influenciam liquidez, volatilidade e proteção contra a inflação.

Fatores a considerar na revisão dos títulos

Ao analisar cada título, é crucial ponderar sobre:

Além dos indexadores, avalie o prazo, risco de crédito e custos envolvidos:

  • Títulos prefixados são sensíveis a oscilações de taxa de juros.
  • Pós-fixados adaptam-se a variações da Selic e do CDI.
  • Títulos IPCA+ oferecem proteção do poder de compra em cenários de inflação elevada.
  • Debêntures e CDBs de bancos menores rendem mais, porém com maior risco e menor liquidez.

Quando e como realizar o rebalanceamento

Defina critérios claros para atuar na carteira:

  • Periodicidade fixa, como a cada 6 ou 12 meses.
  • Sinais absolutos de variação: reposicionar quando a alocação fugir mais de 10% do planejado.
  • Eventos macroeconômicos, por exemplo, migração para títulos atrelados à Selic em ciclos de alta de juros.

As estratégias práticas envolvem vender títulos superavitários ou aportar em classes subalocadas, sempre ponderando custos de resgate antecipado, como IR e IOF.

Mudanças no perfil e objetivos do investidor

Quando o investidor revisa suas metas, o rebalanceamento deve acompanhar:

Quem se aproxima da aposentadoria tende a aumentar a fatia conservadora, reduzindo exposição a ativos voláteis e ampliando posições em títulos prefixados ou Selic.

Já investidores buscando crescimento podem diminuir a parcela de renda fixa ou diversificar em debêntures de empresas sólidas, aproveitando prêmios de crédito.

Vantagens de revisar títulos de renda fixa

Incluir a renda fixa no rebalanceamento traz benefícios claros:

  • Compatibiliza o portfólio ao perfil de risco e objetivos.
  • Captura oportunidades de rentabilidade em mudanças macroeconômicas.
  • Evita concentração indesejada e desvio de estratégia.
  • Imprime disciplina e alinhamento com metas de longo prazo.

O que evitar durante o rebalanceamento

Uma revisão eficaz requer cuidado para não cometer erros comuns:

Evite giro excessivo, pois as taxas e impostos podem corroer ganhos. Não reaja a ruídos de curto prazo sem que haja alteração estrutural na estratégia definida.

Números e recomendações de mercado

As carteiras recomendadas costumam manter entre 40% e 80% em renda fixa, conforme o perfil e o ciclo econômico.

Vale lembrar que o investimento mínimo em Tesouro Direto ronda R$ 30 e, em 2025, a Selic estava em 10,5% ao ano, com prêmios de 5% a 6% acima da inflação para títulos IPCA+.

Rebalancear a carteira incluindo a revisão de títulos de renda fixa é garantindo não apenas o ajuste oportuno das alocações, mas também a saúde financeira e a tranquilidade perante cenários adversos.

Fabio Henrique

Sobre o Autor: Fabio Henrique

Fabio Henrique