Em meio à crescente volatilidade econômica e à elevação contínua da taxa básica de juros, o Tesouro Selic emerge como alternativa sólida para investidores que buscam segurança e liquidez. Desde o início de 2025, quando a Selic partiu de 12,25% para alcançar 15% ao ano em junho, o título público pós-fixado tem sido o preferido para reserva de emergência e aplicações de curto prazo. A combinação entre rentabilidade diária, risco de crédito quase nulo e facilidade de resgate faz desta opção um verdadeiro porto seguro em cenários de incerteza. A seguir, detalhamos seus mecanismos, comparativos, custos e dicas práticas para aproveitar ao máximo esse investimento.
O Tesouro Selic, formalmente denominado LFT (Letra Financeira do Tesouro), é um título público pós-fixado cuja remuneração acompanha a variação da taxa Selic mais um pequeno spread, geralmente em torno de 0,1% ao ano. A cada dia útil, o investidor recebe o rendimento calculado com base na taxa vigente, resultando em rentabilidade acompanha a Selic diária creditada automaticamente em sua conta.
Para investir, basta acessar o site do Tesouro Direto ou plataformas de corretoras, definir o valor e a data de vencimento desejada. A liquidação em até um dia útil após o pedido de venda possibilita resgate em D+1 útil, tornando o Tesouro Selic extremamente ágil para quem precisa de rapidez e previsibilidade no fluxo de caixa.
No contexto de 2025, o Banco Central elevou a Selic sucessivas vezes para controlar a inflação acima da meta e dar maior solidez às contas públicas. Segundo o Boletim Focus, o mercado projeta manutenção da taxa em patamar elevado até o fim do ano, com possíveis cortes apenas em 2026, caso o IPCA recue de forma consistente.
Essa trajetória de alta gerou demanda expressiva pelos títulos atrelados ao juro básico, especialmente o Tesouro Selic. O governo, por sua vez, ampliou significativamente a oferta de LFTs para facilitar a gestão eficaz da dívida pública e atender ao apetite dos investidores por produtos de alto grau de segurança federal.
Análises demonstram que, com um aporte inicial de R$ 10.000 e Selic em 15% ao ano, o investidor alcançaria os seguintes valores:
Em comparação, o mesmo valor aplicado na poupança renderia apenas cerca de R$ 13.500 em cinco anos, enquanto um CDB atrelado a 100% do CDI se aproximaria dos resultados das LFTs, mas sem a mesma liquidez diária. Já investimentos isentos de IR, como LCI e LCA, podem apresentar leitura competitiva até 2026, quando a isenção deverá ser revisada.
Para reforçar a superioridade, considere também um aporte de R$ 5.000: em cinco anos, o Tesouro Selic pós-IR renderia cerca de R$ 9.406, contra R$ 7.065 da poupança, evidenciando rentabilidade acima da inflação e crescimento consistente do patrimônio.
Com risco de crédito praticamente zerado, o Tesouro Selic é considerado o investimento de menor risco no Brasil. Além disso, a marcação a mercado quase inexistente reduz drasticamente a possibilidade de perdas em caso de venda antecipada, ponto crítico em cenários de alta volatilidade.
A taxa de custódia da B3 é de 0,2% ao ano, cobrada sobre o valor total investido. Embora exista o Imposto de Renda regressivo – que varia de 22,5% a 15% conforme o prazo –, o impacto é diluído pela rentabilidade robusta proporcionada pelas altas da Selic.
Outros custos operacionais são mínimos, restritos a eventuais tarifas de transferência bancária ou corretagem, mas não afetam diretamente o rendimento do título. Por não sofrer marcação a mercado significativa, os investidores não precisam se preocupar com flutuações drásticas em caso de venda antes do vencimento.
O Tesouro Selic é a escolha natural para quem busca:
Mesmo para investidores com perfil moderado, alocar uma parcela do portfólio em LFTs garante segurança sem abrir mão de retornos competitivos, especialmente em momentos de juros elevados.
A expectativa do mercado é de que a Selic permaneça em patamares elevados durante grande parte de 2025, podendo começar a cair apenas em 2026, caso a inflação seja controlada e o cenário fiscal se normalize. Isso mantém o Tesouro Selic como protagonista da renda fixa de curto prazo.
Para maximizar ganhos e evitar armadilhas, considere:
Com essas práticas, o investidor estará apto a aproveitar todo o potencial do Tesouro Selic, garantindo segurança do Tesouro Nacional e resultados consistentes, mesmo em períodos de alta instabilidade econômica.
Referências